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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Porra Nenhuma


Nunca estou satisfeito.
Nunca.
Tiro, enfio, luto, bato, grito
E não gozo.
Não goza.
Nem gota.
Nem jato.

São horas tentando -
E já tentei de tudo.
Homens, mulheres e travestis.
É um inferno.

Minha vida
É sempre ter o desejo,
Manter o pau duro,
Persistir até a exaustão
Morrer na mão.

Cigarro, álcool, comida, insônia...
Onde posso, desconto a angústia,
Ansiedade.

São litros de água que bebo por dia.
Um exagero.
São cinco banhos por dia.
Um exagero.
Lavo a mão de hora em hora.
Um exagero.

Meu pai já se machucou inúmeras vezes.
Cicatrizes e cicatrizes.
Duro, grosso, veiudo
E marcado.

É vício.
É doença.
É segredo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Masturbação

Sentado e com um copo de uísque, observo.
Ela tão tem fim;
Eu estou no meu limite.

Ela mescla carinhos, massagens, apertões.
Massagem e carinhos.
Apertões e massagem.
Eu me seguro.

As pernas vão se esticando.
O joelho estala.
Os pés estalam.
Ela fecha a perna.

A mão entre as coxas tenta conter
mas seu gemido é alto.
Quase grito. Um desabafo.

Ela desaba.

Eu pego outro copo de uísque.