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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

É sempre a primeira vez

Essas mulheres que bebem sozinhas,
Minhas companheiras de segunda-feira.
A maioria é só infelicidade debruçada em balcão de boteco.
Uma conversa triste,
Umas cervejas,
Porção de azeitona,
Elas adoram cortejos baratos.

Debaixo do viaduto,
Ela de joelho entre baratas e lixos.
Ao fundo, uma rua deserta.
É escuro. Quiçá, seguro.
Pra mim não dá,
Apesar de todo esforça dela.
Fechei o zíper.

Boquiaberta, me perguntou o que foi:
- Não sei, é a primeira vez que me acontece.

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