Ontem o dia foi uma bagunça.
Caminhei pelas ruas com uma latinha de cerveja na mão.
Parei numa loja de antiguidades.
Muito apropriado.
Comprei uma máquina de escrever.
- O que você vai fazer com isso?
Ela me perguntou.
- Cartas de amor.
Respondi bêbado.
Trocamos telefone.
De noite, num boteco na Zona Norte,
Suas mãos entraram por entre meus botões.
O beijo foi conseqüência.
Dali fomos para sua casa.
O álcool me fez incorporar o falecido.
De alguma forma, não era eu que entrava nela.
Sem conhecê-la, fiz tudo como se fosse treinado.
Dei um tchau sem graça.
Ela pediu pra ligar.
Não vou.
Ela parecia estar apaixonada.
Eu só queria gozar.
Não consegui o que queria.
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