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domingo, 21 de agosto de 2011

Meu Pau


É difícil me fazer gozar. Muito difícil. Por horas ele permanece rígido e insaciável. Em certos dias, de tão duro, sinto dores. A pressão sobe e se mantém no topo. Meu orgasmo nunca chega e isso só atiça mais. O anuncio de um gozo que não vem.

As mulheres chegam a gozar duas ou três vezes antes de mim. Algumas cansam, antes mesmo que eu termine. Elas ficam muito sensíveis ou machucadas. Cada trepada minha aumenta a necessidade de ser mais violento.

Já tentei mulheres e homens. Num determinado momento, achei que eu fosse viado. Não. Um desastre. Tentei um travesti, mas também não obtive êxito, apesar de interessante.

O sexo se tornou uma espécie de tortura. Eu preciso trepar sempre. Cada dia que passa, a vontade é maior, e, quanto maior a vontade, mais dificuldade eu tenho em gozar. Meu pau permanece duro e insensível. Entrando e saindo. Seco e molhado.

Todo dia seguinte a uma noite de sexo eu sofro do mesmo dilema. Sinto como se meu pau tivesse sido violentado. Vermelho, inchado e dolorido. Para piorar, na maioria das vezes, eu nem gozei.

Esse meu pau virou um fardo. Já tentei asfixia, fio-terra, gel, manteiga quente, violências e tudo mais.  Ele permanece imbatível, mais forte que minha resistência, que meu pulmão de fumante e meu coração defeituoso.

Há quem se ofenda, que ache que eu me seguro.

Não.

Se eu pudesse, eu gozava sem dar prazer para as mulheres. Seria como um garoto novo, que com três metidas esporrasse a xoxota toda.

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